segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Minhas impressões de 365 DNI (+18)

By Leticia (Luthy) Sena
365 Dias é acusado de romantizar situações de estupro e Síndrome de  Estocolmo
Fonte    
        Polêmica! Polêmica! Polêmica!
    Depois de muito ouvir falar, resolvi assistir o bendito (ou maldito) 365 dias ou 365 dni. Produção original da Netflix, trata-se da adaptação cinematográfica da trilogia de livros de autoria da cosmetóloga polonesa Blanka Lipinska. O primeiro livro foi lançado em 2018 e ganhou mais duas publicações de sequência.
    Bem, considerando a sinopse do enredo disponível na descrição do filme na plataforma de streaming, a gente espera um filme ruim (eu como severa crítica do gênero hot tanto na literatura quanto no cinema, consegui ficar espantada com o quanto essa produção conseguiu ser pior do que o que eu esperava), mas foi tão comentado e passou tantas semanas entre os 10 mais assistidos na Netflix que eu precisava descobrir qual era a desse filme.
    Não vou entrar nos méritos do meu desgosto pelo gênero hot, basta dar uma olhada nas milhões de pesquisas que falam dos prejuízos sofridos por consumidores de pornografia e ter o mínimo de bom senso para perceber que o gênero é apenas mais uma tentativa de vender esse mesmo tipo de produto, porém com uma roupagem adaptada ao que nossa sociedade espera do público feminino. Na realidade, apenas mais uma forma que o capitalismo encontrou de fazer da mulher uma consumidora de suas próprias agressões e ainda convencê-la de que com essa atitude ela é muito moderna, livre e desconstruída por fazer exatamente aquilo que os homens foram culturalmente ensinados a esperar de nós.
    Mas vamos ao filme em si.
10 Dias | Conheça a continuação de 365 DNI da Netflix -
   Massimo é um mafioso italiano que viu uma moça minutos antes de uma experiência de quase morte, teve uma alucinação com ela durante o momento da quase morte e passou os cinco anos seguintes de sua vida procurando reorganizar a riqueza da família mafiosa e encontrar a pobre coitada que até então, nem sabia que o maluco existia. Quando finalmente a encontra, sequestra a moça e declara que ela tem 365 dias para se apaixonar por ele, se ao final desse prazo ela continuasse indiferente aos sentimentos do fortão ele a libertaria para que voltasse à própria vida. Daí inclusive vem o título dessa emocionante (SQN) história. 
Primeira coisa que não entendi, o pai do Massimo que morreu no começo do filme estava negociando com um traficante de pessoas (de mulheres mais especificamente), ele se nega a fazer negócio com o traficante, fala mal do rapaz na cara do filho, mas lembra que o contato pode ser útil para os negócios. Oi? É isso mesmo?
    Depois o próprio Massimo mata um familiar por entrar no mesmo ramo.
  E a minha única angústia enquanto assistia era: existe um filme onde o personagem principal pode ter relação com o tráfico e comercialização de mulheres e tem gente (MULHER) curtindo isso????
Tudo o que você precisa saber sobre: 365 DNI (Blanka Lipińska)
    A protagonista, Laura, inicialmente passa a impressão de ser uma mulher forte e bem resolvida (pelo menos profissionalmente), até mostrarem a sua vida pessoal. Em um relacionamento com um cara babaca e que não se importa nem um pouco com ela. Não que o traficante pareça se importar, na verdade, até os 46 minutos de filme, a impressão que se tem é que ele quer uma boneca que o satisfaça sexualmente, mas a produção dá a entender que se o cara for rico, musculoso e performático no sexo ele tem todo um charme em ser babaca que o outro inútil com quem ela namora no começo não tem. E tá tudo bem sair com caras babacas, afinal, homens são assim mesmo. (SQN! PQP!)
eaicurtiu720480753 – Blog E aí, CuRtiU?
    Bom, no auge dos 13 minutos de filme, bora mostrar cenas de sexo, afinal é um filme hot.
   O cara tá num jatinho particular, com mais dois homens, além de piloto e co-piloto, mas tá ok fechar uma simples cortina e levar a única mulher em cena a praticar sexo oral nele? (percebam que escrevi levar a moça a fazer sexo oral, porque na realidade a cena não tem muito pé nem cabeça, é bem o clichê do pornô, eles se olham e de repente, sem nenhum diálogo ou aviso prévio, a moça está com a boca no órgão dele.) E o meu enjoo em relação à essa cena é maior, pois é bem nos moldes do pornô tradicional, onde o cara quase sufoca a moça com o pênis (naquele nível que você percebe os olhos da atriz lacrimejando), e quando termina a moça fecha a porta e SORRI! GENTE COMO ASSIM? Primeiramente ele é o maldito empregador dela (o jatinho é particular), segundo que eles não trocam uma palavra sequer, até se ele quisesse um chá teria que pedir pra ela, mas aparentemente um boquete não? É nem vou entrar no mérito óbvio que do jeito que a coisa foi feita, apenas ele teve prazer, mas enfim...
    Bom, Massimo sequestra Laura e ela tenta fugir DUAS vezes (em uma delas vê ele matando uma pessoa, na segunda ela tem ajuda negada quando dois policiais de rua percebem quem é o seu sequestrador). Mas depois de APENAS essas duas tentativas ela simplesmente desiste, é isso? Quando consegue um telefone, liga para a mãe e diz que conseguiu uma proposta de emprego na Sicília, e é só isso mesmo? Vamos lá ter um relacionamento com um assassino, maníaco, potencialmente violento e claramente perigoso?     Por qual motivo, alguém me explique pelo amor de Zeus? E tem mulher falando bem do filme e dos protagonistas? Ah por favor...
O filme mais popular na Netflix neste momento é basicamente um filme pornô
    Isso além dos mil avisos de: “estou acostumado a tomar o que quero a força. Não me provoque!”. Como é que é moço?
    As únicas coisas que eu conseguia pensar a medida em que o filme se desenrolava era que, primeiro, ou a Laura é muito burra por provocar tanto o maluco que a sequestrou, ou tem um plano de fuga escondido na caixola. E que se fosse na vida real, ela já teria sido estuprada e morta há muito tempo, não daria nem 10 minutos de filme.
365 DNI 2': protagonista confirma que o filme terá uma segunda parte |  Metro Jornal
    O que continuo questionando é o posicionamento de muitas mulheres diante desse filme absurdo.
   Pelo menos durante a primeira hora de filme, TODAS as cenas de sexo envolvendo Massimo poderiam ter sido roteirizadas por qualquer produtor de pornô barato. E Laura como boa moça que é, mesmo morando com o namorado babaca do começo do filme não faz sexo com absolutamente NINGUÉM além de Massimo.
A polêmica em torno de '365 Dias', filme controverso da Netflix - Cultura -  Estadão
    Bom, depois da primeira vez com Massimo tenha paciência para muitas cenas de sexo performático, daqueles com posições absurdas e provavelmente desconfortáveis, ameaças de morte dirigidas à Laura, péssimas atuações, inclusive durante as cenas de sexo e um final previsível, sem graça e que como tudo nesse filme nos deixa questionando sanidade mental da protagonista, afinal é impossível definir se ela é mentalmente instável, se é apenas uma menina mimada impressionada com a riqueza do mafioso, ou se (como já vi alegarem em muitas postagens) ela desenvolveu síndrome de Estocolmo, e se a intenção era essa, o produto finalizado passou bem longe do pretendido.
O que já se sabe sobre sequência de "365 Dni": novo sequestro, irmão gêmeo  e mais - VIX
    Além do enredo fraco, incômodo e indigno em muitos sentidos, o filme não deixa claro se pretende discutir a problemática ou romantizar os muitos tipos de violência apresentados, e embora eu tenha críticas ferrenhas ao gênero hot, (não apenas pela forma como apresenta sexo, mas por normalmente girar em torno de histórias ruins como a de 365 dias), acredito que a pior parte é mostrar tudo isso sob uma ótica que pretende ser romântica.
    No mundo em que vivemos e com a posição que as mulheres ainda ocupam na nossa sociedade e na nossa cultura, apenas vejo prejuízos, em produzir e distribuir obras assim. É meio injusto vender esse tipo de conteúdo e esperar que as mulheres que o consomem consigam respeito, saúde, honestidade e igualdade em seus relacionamentos. Se eu pudesse dar mil deslikes nesse filme da Netflix, sem dúvidas, teria feito.
    A realidade é que o único momento em que consegui sentir qualquer tipo de prazer com esse filme foi quando chegou ao fim e isso ainda foi roubado de mim com a perspectiva da sequência dessa história que nem de obra dá pra chamar.
    Se você leu o livro, tem alguma coisa a acrescentar ou discorda, comenta aí! Compartilha sua opinião e sua visão conosco!
Crítica | 365 Dias é um olhar pobre e covarde que romantiza sequestro e  estupro - Canaltech

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Reflexões sobre canais de streaming e construções sociais.



Essa semana (o texto saiu atrasado, no caso saiu na semana passada) foi anunciado que em novembro chega em nossas terras tupiniquins o canal de Streaming Disney +, no valor de assinatura de 28,99. A primeira coisa que me vem a mente é que dentro de poucos anos a Disney será dona do mundo, mundo que já se curva tão serviçalmente aos pés estadunidenses. 

Quando a Disney passa a proibir e vender direitos de suas obras concentrando-as em uma plataforma sua e exclusiva, além e criar nichos e monopólios culturais maiores, o que abre brecha pra cada marca abrir seu meio de exploração de suas obras, assim, se quer consumir aquilo sob a "ilusão" de se paga pouco por usufruto total de algo. 

O que é uma falácia, quem usufrui de suas assinaturas da maneira que queriam e como é prometido quando tem contas, relacionamentos, trabalho, família, filhos...? Na vida real é comum chegar ao fim do mês não tendo visto nem 5 filmes ou uma série completa. 

Mas, ao segmentar esse mercado cultural, o que a Disney quer é lucrar em cima do emocional e afetivo da atual faixa etária detentora do poder aquisitivo aqueles entre seus 25 a 50 anos, que se conectam com a marca por lembranças infantis ou por querer entreter filhos. Mas, realmente será que vale? Quando você tem streaming muito mais abrangente e de produções de qualidade como a Netflix por assinaturas partir mensais à partir de 21,90 ou Amazon Prime com assinatura fixa de 10,00 com um bom catálogo de filmes e séries, além de benefícios como frete grátis e descontos exclusivos na Amazon, além de programas de e-books gratuitos e streaming de música, a única coisa que a Disney tem e usa sem ressentimentos o emocional de seu público. 

Mas, o verdadeiro intuito desse post não era nem tanto discursar sobre esse mundo capitalista selvagem, mas sim sobre padrões sociais e comportamentais que por décadas incutiu na cabeça das meninas. 


As princesas "disneyanas" até meados dos anos 2000 sempre se mostravam cordiais, inocentes, submissas, omissas; quando começa a ter sinais de mudanças lá pela década de 90 elas se mostravam "fortes" e "rebeldes" mas tudo em nome de viver um amor, ou se encaixar no mundo que seu homem quer. 

E as consequências disso são graves e ignoradas, viemos de famílias onde a mãe na maioria das vezes é cordial e abnegada, deixando suas individualidades em nome de um casamento que todos esperam, ou mulheres que aceitam as "feras" de seus parceiros se submetendo em relacionamentos abusivos pois é tudo instinto masculino, e que é papel da mulher domar e cuidar daquele homem, pois somente ela poder a salvá -lo.

Fomos doutrinadas,minadas, tivemos nossa auto estima baseada em ser aquilo que o príncipe vai querer em troca de acorda-la para só então viver, ou tira-la de sua vida chata que ela só não tem coragem de mudar o rumo e se impor. 

Em contrapartida vemos a própria Disney mudando padrões de princesas e isso é maravilhoso, acredito que no futuro verei mulheres fortes e donas e si, verdadeiras Meridas, Elsas, Vanellopes... 

Afinal Lii você é contra a Disney ou não!? Sou contra essa gana insaciável capitalista, mas não tiro o crédito  a importância dessa marca na construção das nossas crianças; afinal fui uma dessas crianças e sou aquela que tem a ligação emocional com a Disney, amo, pois ela me traz a lembrança da inocência, da pequena Aline; mas mesmo ainda amando a Disney e aqueles péssimos exemplos de femininos, isso não nos exime de sempre problematizar  e desconstruir; afinal é o que nos resta depois de relacionamentos

tóxicos ou auto imagens distorcidas, nos resta apenas assistir a Bela Adormecida, com carinho e ódio, reaprendendo a acordar sozinhas, sairmos dos nossos castelos e ir nos manter sozinhas, já que no final o príncipe tem grande chance de ser um sapo disfarçado e a terapia não se paga sozinha. 
(Imagens: Dina Goldstein).

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Califado, mais próximo de nós do que poderíamos querer.


Olá, Tudo bem? Lii aqui estreando.
E fiquei pensando como começar essa jornada ao lado de bons guerreiros e amigos? Nada melhor que com indicação de coisa boa!
Nos últimos tempos ando bem parada em relação a leituras, séries e filmes, essa pandemia tem exigido demais no campo profissional (quem está em home office e não está trabalhando o triplo, não está em home office certo). Mas, o pouco que consegui ver e maratonar na Netflix foram duas séries sensacionais. Uma foi Dark, que poderia falar sobre ela, mas como todos sabem o hype que esta tem em cima de si, ia cair no mais do mesmo; então resolvi falar de Califado.
Califado, é uma série de drama da Suécia, que foi lançada na plataforma de Streaming em 2020, contando com uma temporada (espero que por enquanto, rezo por mais), e é composta de oito episódios.
A premissa de Califado é a crescente difusão de grupos islâmicos extremistas (Jihadistas) no meio jovem, seja nos de origem islâmicos ou nos próprios europeus suecos. Esses grupos planejam ataques em nome de sua religião, ainda no núcleo sueco mostra o cotidiano de Fátima
Fátima
uma detetive que se envolve na investigação desses grupos extremistas. No outro ponto da série se passa na Síria, invadida e controlada por Jihadistas, e o nosso olhar naquele caos vem da Pervin, jovem casada Hussam, ambos recrutados na Suécia e seduzidos pelos preceitos do Alcorão nos discursos jihades, e convencidos a viver na Síria para integrar a luta contra os ocidentais vistos como infiéis. Pervin, com uma bebê de colo, desapontada e sentindo-se enganada, tenta de qualquer maneira fugir daquilo com sua filha e voltar a Suécia, querendo dar a sua filha a oportunidade de uma vida livre, longe da violência, e da opressão social e religiosa que a menina teria por ser mulher e muçulmana. Os núcleos se envolvem quando Pervin consegue contato com a detetive Fátima buscando ajuda para escapar dali, em troca de descobrir segredos de ataques terroristas que estão sendo planejados na Suécia.
Hussam e Pervin

Poderia ficar horas aqui discorrendo de fatores históricos, cinematográficos, filosóficos a cerca da condição humana etc; já que tudo nessa série é impecável; mas não o vou.
O ponto que acho acima de tudo de extrema importância é refletir sobre fanatismo religioso! Não, falo do islamismo, pois assim como qualquer religião tem varias vertentes, olhares e viveres, e não cabe a ninguém julgar se é bom ou mau; falo de qualquer religião, que pode ser olhada com extremo fanatismo que ceifa, extermina, julga, persegue, condena e até mata em nome de sua fé, em nome  do que se acredita, do que acha que é o certo através do seu olhar.
A série aborda um fato que tem realmente acontecido, o crescimento desses grupos nos meios jovens na Europa, mas podemos facilmente trocar o islamismo pelo cristianismo, hinduísmo ou qualquer outra religião. Nos faz refletir de qual a função da religião em nossas vidas, e como é tênue a linha que liberta e aprisiona dentro das religiões.
Enfim, aconselho a todos assistirem, com mente aberta, nunca com preconceito, e crendo que todo muçulmano, é terrorista (claro que não, pois eles por mais que não pareçam os extremistas-terroristas são mínimos, deentro de uma religião milenar e fascinante de ser entendida e estudada), mas que assista para refletirmos do nosso cotidiano brasileiro, será que estamos distantes de cair em um extremismo? Será que o fanatismo religioso não nos assombra, como um fantasma que sem vermos se apodera das nossas bancadas e começam a ameaçar e a minar direitos básicos e dignos? Será que não caminhamos sem perceber para uma "Teocracia"? Será que deixarmos a religião se misturar com Estado é algo benéfico. Fica aqui a reflexão.
Bem, me despeço, beijos a todxs e até a próxima.

domingo, 2 de agosto de 2020

Maternerd: um tesouro de leite

By Leticia (Luthy) Sena
Muitos motivos fizeram com que nos afastássemos desse canal, mas aos poucos vamos retomando os cantinhos dos salões dessa grande mina espacial...
Dois de nós foram capturados mais uma vez pelo vendaval da maternidade/ paternidade, e por essa razão hoje eu me propus a fazer uma review de um produto que muito me agradou.
Quando temos pequenos seres que dependem de nós o tempo passa com super velocidade e quando menos esperamos muitas fases foram deixadas para trás e relegadas à nostalgia e a saudade.
Um dos momentos mais marcantes da maternidade que deixamos pelo caminho de uma hora para a outra é a amamentação, no início difícil, dolorosa e cansativa, depois de um tempo simplesmente apaixonante. Sentimos que ao final dessa fase nada nos sobra além da saudade, algumas fotos e a saúde adquirida pelo bebê, porém, recentemente eu descobri um produto que pode deixar uma bela lembrança desses momentos compartilhados com tanto carinho.
Encontrei a possibilidade de confeccionar uma joia feita a partir do leite materno.
Existem algumas empresas que disponibilizam a opção de a mãe enviar o leite pelos correios e receber pelo mesmo meio o objeto pronto. Pelo que pesquisei essa é a opção financeiramente mais em conta, mas não há como negar que dessa forma perde-se o prazer e a experiência de preparar a sua própria joia, além de existir a possibilidade hipotética de a mesma não ser feita com o leite da pessoa que enviou, ou qualquer outro acidente de percurso.
A segunda opção parece um pouco mais custosa, mas você faz o seu próprio adorno no conforto da sua casa. A empresa Lackto vende pelo site um kit que possibilita essa experiência de forma simples e quase artesanal. Realizei a compra do kit para confecção dos pingentes online e a entrega foi super rápida (acho que em 3 ou 4 dias), e tenho que admitir que até mesmo a embalagem do produto é apaixonante.
 

Dentro da pequena caixa estão todos os materiais necessários para a produção do artefato, exceto é claro, o leite materno.

As instruções são simples, lavar as formas de silicone e deixar que sequem naturalmente ou com a ajuda de um papel toalha, adicionar o conteúdo do frasco B no frasco A, uma pipeta de leite materno e misturar por 5 minutos. Acredito que deva ser super importante misturar pelo tempo indicado, pois uma amiga comprou o mesmo produto, mas os pingentes dela apresentaram marcas de bolhas de ar.
Depois é só preencher as forminhas de silicone com a quantidade apropriada da mistura e deixar secar por 48h.

Ah, eles inclusive fazem forminhas de silicone em outros formatos (tem um de árvore da vida que eu achei lindo, porém fiquei com medo de que o acabamento da peça ficasse frágil depois de pronto em função das fendas entre os galhos), então optei pelo coração tortinho e a gota, quando realizei a compra a forma de gota vinha como brinde, mas não sei se atualmente essa opção continua disponível.
Depois do tempo de secagem do material, desinformar os dois pingentes foi super fácil. Acho que a parte mais difícil foi encaixar e apertar os fechos de metal que prendem as peças à corrente.
A dica de ouro é: se você conseguir outras forminhas de silicone assim antes de fazer a mistura tenha elas em mão limpas e secas, por que sobra produto pra caramba e ele acaba secando endurecendo no mesmo período que os pingentes.
A lixa de unha que vem junto é para dar acabamento à peça caso fique alguma imperfeição, nas duas que eu fiz não foi necessário usar, apenas passei uma camada de esmalte transparente para unhas na face plana que fica em contato com a pele como é indicado pelo fabricante para que o suor do corpo não cause danos ao objeto.


Eu amei a experiência e o resultado final, mesmo sendo um pouco mais caro do que enviar o leite para que outra pessoa faça o produto para mim e reenvie, eu achei que valeu cada centavo e a empresa ainda oferece a possibilidade de parcelamento no cartão de crédito em até 12 vezes.


sábado, 4 de novembro de 2017

Análise Dark Souls 2: Scholar of the First Sin (PS4)

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Por Michel Zaneli Fernandes Goes

Olá queridos leitores e leitoras deste incrível blog, hoje lhes trago uma análise deste jogo que considero pacas, é claro que estou falando da série Dark Souls. Para quem não lembra eu escrevi um tempo atrás uma análise neste mesmo blog que havia jogado no Xbox-360 e depois não tive acesso aos conteúdos adicionais. Mas agora com a aquisição do Playstation-4 pude comprar Dark Souls 2: Scholar of the First Sin e posso dizer que as melhorias deste para o anterior são gigantescas.
Já de início temos melhorias no gráfico e no cenário, claro que tudo isso graças aos gráficos da atual geração. Além disso o personagem e detalhes das armaduras estão de tirar o chapéu, dando aquela vontade de encontrar todos os sets (armaduras) espalhados pelo jogo e ficar testando um por um para ver qual fica melhor.
A história se mantêm a mesma, você vaga em busca da salvação da sua alma e quebrar de uma vez por todas com a maldição que acarreta a cidade de Drangleic. Muitos dos inimigos mais fortes já aparecem logo no início da gameplay, assustando muitos que ficaram acostumados com os inimigos anteriores de Dark Souls 2 e obrigando você a se adaptar com novas estratégias.
Os itens também mudaram de lugar, ainda mais os Frascos de Estus, ou seja, explorar os cenários moderadamente pode ser uma tarefa prazerosa e recompensadora.
O jogo conta ainda com mais um final para o repertório, tendo também a participação de um chefe opcional no final caso você interaja com ele durante algumas conversas espalhadas nas fogueiras principais da história.
Mas agora, vamos para o que interessa, as dlcs. Ao todo são três que contam um pouco sobre as coroas perdidas do Rei Vendrick. A primeira é a Coroa do Rei Afundado. Nesta dlc o cenário é esplendido, mesmo sendo um cenário subterrâneo é possível ver uma cidade afundada e amaldiçoada por um dragão que exala veneno por todos os cantos. Quando digo veneno não é bobeira, pois, os inimigos te envenenam, o cenário tem locais que envenenam, os chefes desta dlc jogam veneno em você, enfim, se prepare para muitas e muitas mortes ocasionadas por envenenamento. Esta dlc também traz novos inimigos, sets e armas para os apaixonados em coletar itens. A melhor batalha desta dlc fica sem dúvida para o dragão que arruinou todo este império de Vendrick, que trava uma batalha insana e tensa. A sorte fica por conta de você invocar npcs para te ajudar nesta aventura venenosa.

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A cidade afundada pelo dragão. Muitos segredos estão escondidos a cada corredor desta pirâmide.

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Ao fundo vemos o dragão responsável por todo o veneno no cenário.

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Alguns dos diversos inimigos que te aguardam na dlc, e se prepare cada um mais difícil que o outro.

A segunda dlc se chama Coroa do Antigo Rei de Ferro, nela temos um cenário gélido e traiçoeiro que ao fundo percebemos um antigo poder de Ferro e Aço produzido pelas fornalhas de Vendrick. Alcançando estas fornalhas a mudança de ambientação é repentina com fogo saindo por tudo quanto é lado e inimigos gigantescos que surgem do nada. Esta dlc é a maior das três, com diversas fogueiras espalhadas pelo ambiente e muitos itens para serem adquiridos dão bastante horas de jogatina e de combate insano com chefes desafiadores. A batalha memorável fica por conta do combate contra o Cavaleiro Sir Alonne que conta com uma trilha sonora épica que tira sua concentração e facilita sua morte.

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O cenário desta incrível dlc é de cair o queixo.

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Este é o cavaleiro Sir Alonne. 

A terceira e última dlc é intitulada Coroa do Rei de Marfim. Ela se passa num mapa de neve e gelo com inimigos tensos demais. Lobos gigantes espreitam qualquer oportunidade de te atacar, principalmente um que fica invisível e você só consegue enxergá-lo quando adquiri um item em especial. No final da dlc você cai num poço e enfrenta o Rei de Marfim, mas caso você não encontre os cavaleiros espalhados pela dlc sua luta com ele será terrível e desgastante, então recomendo você buscar pelos três cavaleiros antes de enfrentar o Rei de Marfim. Não posso esquecer de mencionar a From Software  pelo belíssimo capricho nesta dlc com a luta final com o Rei de Marfim onde o cenário assusta logo no início quando você pula no poço e depois quando ocorre a abertura do portal que invoca este antigo Rei, é incrível.

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Opiniões a parte, recomendo e muito estas dlcs para quem curti Dark Souls, Bloodborne, Demon's Souls e Lords of The Fallen. Foram adicionados em torno de 20 a 30 horas de jogo, horas estas que envolvem lutas incríveis com chefes assustadores e desafiadores. Equipe sua melhor armadura junto da melhor arma e boa jornada neste mundo sombrio e apaixonante de Dark Souls 2: Scholar of the First Sin.

Até a próxima turma!!!

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Jane, the virgin, muito além do dramalhão mexicano...

By Leticia (Luthy) Sena
Acredito que a essa altura do campeonato já tenha dado para perceber que tenho uma queda por histórias que apresentam personagens femininas fortes e que se destacam de muitas formas. Bom não tem sido fácil ser mulher na sociedade ocidental há uns séculos já, e quando alguém ressalta nossa força e nossas qualidade, sempre sai uma história interessante.
Bom hoje vou falar da história de três mulheres super fortes que lidam com as situações mais absurdas já imaginadas numa série de TV, estou falando de Jane Villanueva, Xiomara Villanueva e Alba Villanueva, e a série não poderia ser outra senão Jane, the virgin.
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Nossa protagonista, Jane é uma jovem aspirante a romancista, que namora o belíssimo Michael Cordero, quando é acidentalmente inseminada com o esperma de outro homem num exame ginecológico de rotina.
Bom, apenas nessa introdução já deixa claro o tom de novela mexicana que essa jornada possui. A série é na realidade uma refilmagem/adaptação da telenovela venezuelana Juana, la virgen, e não deixa essas referencias de foram em nenhum de seus episódios.Todo o drama e os clichês maravilhosos, absurdos e típicos das novelas mexicanas estão presentes em cada capitulo da série, e todos esses componentes prendem a atenção do telespectador a cada temporada como se fosse o primeiro episodio.
Acho que não da pra não fazer maratonas de Jane, the virgin simplesmente por que depois que você começa a assistir a série não consegue mais parar, são muitos absurdos de uma vez só com poucas pessoas.
Enfim, como eu disse anteriormente, Jane é inseminada artificialmente por uma médica meio bêbada que utiliza o material do próprio irmão nessa ocasião, irmão esse que é dono do hotel de luxo onde a própria Jane trabalha como garçonete, o sensual e sedutor Rafael Solano, por quem a moça já teve uma queda, e que além de tudo é casado com a no mínimo confusa e complicada Petra.
Bom mas o que me conquista na história mesmo são as três mulheres Villanueva, cada uma com seu jeito, cada uma com sua história e suas decisões, mas uma sempre apoiando a outra.
Xiomara foi aquela adolescente rebelde e inconsequente que engravidou na adolescência e tentou por muito tempo esconder a identidade do pai de sua filha, mas apesar de todas as suas decisões ruins, sempre tentou fazer o melhor que podia por si mesma e por sua prole, na medida do possível sem decepcionar a matriarca da família. Já esta, nossa queridíssima Alba é uma senhora católica, de origem venezuelana que preza muito pelas tradições familiares e se preocupa muito com a honra e felicidade tanto de sua filha, quanto de sua neta, embora esconda alguns segredos que explicam muito de sua personalidade e senso de proteção. A protagonista é o produto dessa soma, se muitas vezes tenta ter atitudes modernas e cheias de alguma rebeldia, outras tantas vê-se presa aos ensinamentos, opiniões e buscando as aceitações de sua amada abuela.
O mais encantador é que são mulheres diferentes em sua essência, mas que compartilham um imenso respeito pelas diferenças e um carinho gigante umas pelas outras.
E tudo isso num mix de situações loucas acontecidas apenas nas melhores novelas mexicanas, então pode esperar muitos assassinatos estranhos e irônicos, irmãos gêmeos malvados, tiângulos amorosos, quedas de escadarias, organizações criminosas impossíveis, galãs de novelas que são fora da realidade, mas que amamos mesmo assim (fica aqui a dica de um dos meus personagens favoritos, o belo, maravilhoso, sedutor e jovial Rogelio De La Vega, sempre é um belo dia para ser Rogelio).
Enfim, é uma série cativante, gostosa de assistir, que possui uma trama intrincada e bem construída, cheia de reviravoltas absurdas e maravilhosas, com mulheres encantadoras com as quais é muito fácil se identificar, que apresenta diálogos super comoventes e que trabalham o relacionamento entre personagens de características tão distintas de uma forma magistral. Muito mais que um dramlhão mexicano, Jane, the virgin é uma história encantadora, sobre pessoas que nem sempre mostram o seu melhor lado, mas que estão sempre aprendendo umas com as outras como serem seres humanos melhores. É simplesmente apaixonante e viciante. Uma ótima indicação para quem gosta de maratonas.
Para quem já conhecia e acompanhava e já assistiu a segunda temporada no Netflix (que disponibiliza a primeira e a segunda temporada), se der uma garimpada pela internet e pelos queridos aplicativos que disponibilizam séries online, já se consegue ver a terceira temporada completa legendada. A quarta temporada tem data de estréia em 13 de outubro nos Estados Unidos pelo canal CW e por aqui ficamos torcendo para que a galera dos aplicativos consiga disponibilizar os novos episódios o mais rápido possível.
Ah no Brasil a série foi ao ar pelo canal Lifetime da TV paga, mas no site do canal não encontrei nenhuma referência em relação à estréia da quarta temporada. Então ficamos no aguardo.
E você é #TEAMMICHAEL ou #TEAMRAFAEL? De quem gosta mais na série? Assiste lá e depois conta pra gente aqui...
Até a próxima queridos!

domingo, 1 de outubro de 2017

Uncharted: The Nathan Drake Collection (PS4)

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Por Michel Zaneli Fernandes Goes

Após um tempo morrendo de vontade de conhecer a tão aclamada série Uncharted consegui o Playstation- 4 e de quebra matar a curiosidade de poder vivenciar as aventuras de Nathan Drake, e a espera valeu a pena pois a trilogia é incrível. Os três jogos que foram lançados no Playstation - 3 estão num único disco remasterizado, que por sinal está muito bem trabalhado, com texturas incríveis e gráficos excelentes que trazem a tona toda aquela magia quando cada game era anunciado.
Para quem não conhece e acha que é só um Tomb Raider de cueca, o primeiro game conta a história do "caçador de tesouros" Nathan Drake que está procurando a herança histórica de seu antepassado explorador espanhol Drake. Seu parente de séculos atrás estava descobrindo o caminho para o El Dourado, e agora Nathan Drake junto da jornalista Elena Fisher e seu mentor de caçadas Sully irão desvendar esse mistério. Apesar de o roteiro ter sido tirado dos filmes de Indiana Jones, o jogo conta com muitas reviravoltas que irão prender você capítulo a capítulo sendo isso o segredo do sucesso do game, conseguir prender o jogador numa brincadeira de telespectador e atuante da própria história do personagem. E isso não para no primeiro game.

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Capa do primeiro jogo Uncharted: Drake's Fortune.
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No segundo game temos o retorno de Nathan Drake para desvendar o mistério de Shambala. Segundo documentos do aventureiro Marco Polo uma rota para encontrar este tesouro foi deixada por ele, então Drake busca este local sagrado ao lado de um antigo companheiro Harry e da gatuna Chloe. Sully e Elena também retornam nesta aventura, mas quem rouba a cena de verdade é o vilão Lazarevic. O cara sabe representar a maldade em pessoa. Cada capítulo que você corre, pula, nada, desliza, atira freneticamente e foge de helicópteros Lazarevic contrata um exército para encontrar Shambala e depois dominar o mundo. O segundo capítulo da série ficou maior em conteúdo como mais capítulos, cenários maiores dando uma pequena liberdade para encontrar os 100 artefatos e também um refinamento nos combates e na furtividade foram incrementados neste game.

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Capa do segundo jogo Uncharted 2: Among Thieves.
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O terceiro e último game que acompanha o pacote é uma obra-prima. Todas as melhorias no segundo jogo parecem que nem fizeram efeito pois neste terceiro capítulo da série está tudo melhorado. Sistema de luz, ambiente, cenários que te deixam de boca aberta e até parado apreciando a localidade são quesitos que deixam claro que esta série é única. A história mostra um pouco da origem de Nathan Drake com a sua adolescência problemática e como ele conheceu seu mentor Sullyvan. O mistério de seu antepassado é colocado a tona novamente, e novas rotas de um antigo tesouro acendem a chama de explorador do nosso personagem.
Muitos extras foram colocados para aumentar o fator replay, como as dificuldades que habilitam novos troféus, uma galeria com diversas imagens e fotos das produções dos três jogos também complementam esta coletânea. Novos troféus também foram criados para obrigar o jogador a ficar horas e horas com o console ligado.

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Capa do terceiro jogo da série Uncharted 3: Drake's Deception. 
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Percebe-se que a intenção de lançarem este jogo foi de alimentar a vontade de jogar o novo capítulo da série, Uncharte-4: Thief's End, mas também é um belíssimo convite para aqueles que nunca tiveram oportunidade de jogá-lo possam ter assim como eu tive. Mesmo com alguns errinhos, como por exemplo os inimigos que brotam do nada aos montes nos cenários é um caso que chateia muito, ainda mais quem prefere jogar nas últimas dificuldades do game que com dois tiros você já era. Isso aparece constantemente nos dois primeiros jogos, sendo que o terceiro não sofre tanto desse mal. Tirando isto o jogo é uma peça rara para qualquer fã de jogos de tiro e que curtem um pouco de história aos moldes Indiana Jones e A Múmia.
Agora peço licença que Nathan Drake aguarda minha presença para encontrarmos os tesouros restantes que deixamos pra trás. Abraço turma.

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