quarta-feira, 30 de março de 2016

Análise do jogo Kirby's: Return Dreamland (Nintendo Wii)

By Michel Zaneli


Não sei você caro leitor, mas sempre que vejo a pequena bolota rosa com seu sorriso carismático, ou com aquela cara de fúria em qualquer tipo de anúncio, automaticamente um sorriso contagiante e nostálgico toma conta de mim. E este sentimento não deixou de ser diferente assim que adquiri Kirby's: Return Dreamland para o Nintendo Wii, jogo lançado em 2011.

Já de começo ele agrada pela quantidade de novidades, como a possibilidade de jogar com até quatro pessoas no cooperativo, podendo escolher entre Kirby, King Dedede, Meta Knight e Waddle Dee, ou podendo optar por jogar com quatro Kirby’s simultaneamente, com uma diversidade gigantesca de poderes a sua escolha. O controle se encaixa muito bem durante as dezenas de fases espalhadas no game, fazendo bom uso de todos os botões do WiiRemote para realizar os combos do personagem.
Modo cooperativo com até quatro personagens: Kirby, King Dedede, Waddle Dee e Meta Knight.

Ou se preferir jogue com quatro Kirby’s e se prepare para os diversos combos que os poderes dos inimigos possam oferecer.

A história é interessante e segue a premissa de sempre da série, Kirby e companhia estão caminhando tranquilamente quando se deparam com a queda de uma nave em forma de barco vinda através de uma fenda espacial. Durante a queda ela vai se despedaçando e após atingir o solo Kirby e seus amigos vão investigar o acontecido, e conhecem o simpático alienígena Magolor que implora por ajuda para reaver as peças da espaçonave, e cabe ao nosso pequeno, redondo e queridíssimo ser rosado aceitar a honrosa missão.
O jogo é dividido em sete mundos, sendo que cinco deles se passam na terra de Kirby e os outros dois se passam em Halcandra planeta no qual o alienígena vive. Cada um deles tem sua característica e dificuldade própria, sendo muito bem montado com inimigos que beiram a “fofura extrema” a ponto de dar pena de engoli-los ou destruí-los. Todos eles após serem sugados pelo Kirby dão poderes para você progredir no game. E por falar nisso Kirby agora tem novos poderes, o primeiro é sugar mais de um inimigo ou objeto para cuspir destruindo tudo pela frente agitando o controle WiiRemote. E o segundo é sugar inimigos especiais dando maior força para Kirby derrotar dezenas de monstros ou quebrar as fendas que aparecem durante o jogo.

A grande novidade do game fica por conta das novas habilidades de Kirby adquiridas quando engole inimigos especiais. Danos mais fortes e destruição de cenários são fundamentais para encontrar as peças da nave de Magolor.

A trilha sonora beira à nostalgia com temas clássicos dos jogos anteriores e também a inclusão de novas músicas para ambientar o novo mundo a ser descoberto, e elas são tão boas que você consegue decorar de imediato e fica cantarolando o dia inteiro. O número de extras ajuda a manter o fator replay do game, com mini-games sendo desbloqueados de acordo com o progresso da aventura e após finalizar o modo história você pode tentar adquirir todas as peças para desbloquear os challenges com sistema de ranking para testar sua habilidade. O modo Hard também é habilitado após o final da aventura de Kirby, com o aumento de dano e a diminuição dos itens para recarregar a barra de vida, um prato cheio para aqueles que adoram ser desafiados.
Apesar de ser um jogo com um dos personagens de maior reconhecimento e carinho por parte de milhares de gamers, o lançamento do jogo não recebeu o devido respeito por ter acontecido nos últimos anos de vida do Nintendo Wii, o que trouxe sérias conseqüências como a dificuldade em encontrar uma mídia física com um preço acessível, virando item de colecionador. Infelizmente, tudo isso acarreta na procura de cópias piratas ou downloads ilegais do game.
Uma boa forma de reverter este pequeno desastre foi o anúncio do lançamento do game na versão digital para Nintendo WiiU, dando a oportunidade para muitos fãs experimentarem esta aventura enriquecedora no novo console. Mesmo assim, para nós brasileiros isso não será realizado já que a Nintendo ainda não reverteu sua complicada situação de distribuição de games, não havendo uma representante de vendas da Big-N e a existente dificuldade de taxar e transferir nossa moeda para a conta da loja virtual da empresa são problemas que dificultam nosso acesso ao jogo.
Por fim, recomendo a todos vocês que joguem Kirby's: Return Dreamland não apenas por ser um clássico no Nintendo Wii, mas por ser incrível do começo ao fim, cheio de reviravoltas em sua trama e com um número muito grande de extras que fará você e seus amigos jogarem e rejogarem por dezenas de horas a fio. Então tirem a poeira do seu console e boa jogatina!

terça-feira, 29 de março de 2016

Você já pensou em morar embaixo da ponte?



By Cleber Araujo




Fala seus nerds! Hoje trago uma ótima dica de anime brisado, filosófico e muito engraçado!! Estou falando de Arakawa under the bridge!

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Provavelmente, em algum momento de vida, muitos de nós já idealizamos uma sociedade perfeita, onde todos pudessem trabalhar e se ajudar, onde o "status" e as classes sociais não fossem uma prioridade, onde  as pessoas não seriam julgadas pela aparência , cor, religião etc. Imagine poder sair do caos da cidade grande e morar em uma sociedade alternativa....

Alguns podem estar pensando: "Comunista!!" ou "Vai pra Cuba!" Calma galera...


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Baseado no mangá de mesmo nome, o anime tem duas temporadas de 13 episódios e começou a ser exibido em 2010. Arakawa under the bridge fala sobre uma sociedade alternativa criada embaixo de uma ponte. Nela, os moradores podem ser o que quiserem sem nenhum tipo de julgamento, além de trabalharem e se ajudarem mutuamente.

E vamos aos protagonistas!

Ichinomiya Kou (Recruta)

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Filho de um grande empresário, o estudante de 22 anos Ichinomiya Kou segue um lema em sua vida: "Nunca deva nada a ninguém". Ele segue esse lema a todo custo e, em um belo dia, ao passar pela ponte de Arakawa, tem suas calças arrancadas por um grupo de crianças baderneiras (pra não dizer fdp). As crianças penduram as calças de Kou no alto da ponte....

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Ao tentar pegar as calças de volta, Ichinomiya Kou quase acaba se afogando no rio. Ele é salvo por Nino (uma garota que diz ter vindo de Vênus). Seguindo o lema de sua família (Não dever nada a ninguém) ele pergunta o que ela gostaria de ganhar (imaginando que ela pediria dinheiro ou algo do tipo) e Nino, por sua vez, pede para que ele more com ela embaixo da ponte e seja seu namorado. Seguindo seu lema a todo custo,  Ichinomiya Kou resolve morar embaixo da ponte. Mais tarde, Ichinomiya Kou terá o seu nome mudado para "Recruta" e irá trabalhar como professor na ponte.

Nino

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Nino é uma garota que diz ter vindo de Vênus.Trabalha como pescadora, mas apesar do grande talento é uma péssima cozinheira.



Nino vive em um barraco, mas por incrível que pareça, dentro dele existe uma cama luxuosa com cobertores e travesseiros de alta qualidade. Apesar desse luxo, ela prefere dormir dentro de uma gaveta embaixo da cama....Quando está brava ou muito envergonhada, Nino cobre o rosto com sua blusa e se esconde em cima de um poste. Nino salva Kou (Recruta) de se afogar e os dois passam a morar juntos. Ela parece ter um ar misterioso e pouco fala sobre seu passado. Será que o Recruta conseguirá descobrir o passado de sua namorada?
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"Por acaso neste planeta, as pessoas só fazem favores porque querem algo em troca?" (Nino)


Kappa (síndico)

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 Kappa (ou Chefe) é o líder da sociedade da ponte, ele jura que é um Kappa (divindade japonesa) mesmo utilizando uma roupa com o zíper aparecendo... Ele é o responsável por escolher os novos moradores da ponte e esses, se forem aceitos, terão um novo nome dado por ele. Além disso, ele diz ter poderes mágicos, mas mesmo parecendo uma imitação barata de um Kappa, todos no grupo o respeitam.

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Estrela

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Estrela foi um grande astro de uma banda de rock, mas decidiu ter um "brilho próprio" e abandonou o grupo. Ele dizia que era parecido com uma Lua (sem brilho próprio) e por isso, decidiu ser "literalmente uma estrela", utilizando uma máscara da mesma. Estrela é o responsável por compor as músicas da sociedade, além de animar os eventos e festas. Ele é apaixonado pela Nino, por isso, se torna o grande rival do Recruta.

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Irmã (freira)

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A parte religiosa da sociedade da ponte fica a cargo da Irmã, um ex-soldado britânico que se veste de freira e realiza uma missa um tanto quando bizarra. A Irmã anuncia o começo da missa com uma saraivada de tiros para o alto, depois disso, ela pergunta se alguém cometeu algum pecado e se ninguém se manifestar, a missa acaba e ela distribui biscoitos para os fiéis (que brisa). A Irmã é apaixonada por Maria (a garota responsável por cuidar dos animais da ponte), mas esse amor parece não ser correspondido.
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Maria

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Maria é a responsável por cuidar dos animais da ponte, sua aparência é amigável, mas ela esconde uma personalidade sádica. Ela gosta de humilhar e rebaixar os outros moradores da ponte com comentários cruéis. Seu alvo preferido é a Irmã, mas mesmo com as ofensas (ela chama a Irmã de travesti), ela parece apaixonada por ele.

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Branquinho

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Um homem de meia idade que sempre deve pisar em linhas brancas, se ele não pisar, deverá se casar com uma galinha branca (bizarro). Para conseguir andar por aí, Branquinho criou um carrinho que vai pintando linhas brancas por onde ele passa. Ele não desempenha nenhum trabalho na sociedade da ponte, mas também não é julgado por isso.

Irmãos de Metal
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Dois irmãos que moram na ponte e dizem ter poderes telepáticos, além de terem sido usados em experimentos científicos. Para fugir dos cientistas, eles usam capacetes de metal que bloqueiam seus sinais psíquicos e os impedem de serem encontrados. Eles se tornam os alunos do professor Recruta.

P-Ko

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É a garota responsável pela horta da ponte. P-ko ama seus vegetais e tem um amor platônico por Kappa. Além disso, ela é muito atrapalhada e frequentemente se envolve em acidentes.
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Stella 

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É uma garotinha que veio de um orfanato para ser criada pela Freira. Sua educação é baseada em um padrão militar, o que faz a garota ter uma superforça e literalmente virar um monstro de músculos! Ela gosta de implicar com o Recruta e adora lhe dar vários golpes. Stella se torna uma grande amiga dos Irmãos de Metal.

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O Último Samurai

É o cabeleireiro da ponte, que anda sempre com uma catana (espada japonesa) e possuí um corte de cabelo típico do Japão Feudal. Ele consegue cortar o cabelo de seus clientes com apenas um golpe (difícil é arriscar perder a cabeça).

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Billy e Jacqueline

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Billy é um ex-mafioso que se diz um pássaro (acho que é uma cacatua), ele tem um amor proibido com Jacqueline (uma garota com roupa de abelha) que é a filha de um mafioso rival. Eles são o casal mais apaixonado da ponte. 

Nesta sociedade nós encontramos outros personagens como uma Amazona, um desenhista de mangá entre outros (não dá para descrever todos, pois a lista é muito grande). Um dos pontos mais interessantes, além do humor nonsense, são os diálogos filosóficos que nos inspiram a pensar nas coisas mais simples da vida. Em um dos primeiros episódios, o Recruta deve se apresentar para os moradores  da vila e começa a falar de seus grandes feitos profissionais, neste momento,  Nino o repreende e diz:

"Recruta, não queremos saber o que você tem, e sim quem você é"

Acho essa frase marcante pelo fato de que, em nossas vidas, muitas vezes nos focamos apenas em carreiras e status e não conseguimos dizer quem somos sem todas essas máscaras sociais.

Já ia esquecendo! Aqui está o link da primeira abertura e encerramento da série:


Enfim, espero que assistam!! Até a próxima!! See you space cowboys....

sábado, 26 de março de 2016

O "Abraço" de Neil Gaiman


Sua reputação o precede” faz muito sentido quando alguém se refere a Neil Gaiman em uma roda de amigos ou em algum lugar qualquer deste vasto mundo digital. Quase todo mundo já ouviu falar em seu nome ou suas histórias, e este simpático escritor e roteirista inglês já deixou com certeza a sua marca no mundo para sempre, seja em seus romances, quadrinhos ou roteiros para TV. 

Com um senso de humor sombrio e uma sensibilidade ímpar, não raro nos encontramos sentados a contemplar o nada, perdidos em nosso próprio ser, após a leitura de uma simples frase ou ideia saída da mente singular de alguém que tem o dom incrível de, ao mencionar uma simples história, nos levar por mundos nunca antes imaginados ou nos jogar em um sentimento de melancolia infindável e esclarecedora ao percebermos coisas que passaram completamente despercebidas em nossa vida, mas que hoje possuem um impacto gigantesco em quem nós somos, ou algo que sabemos, mas que precisamos que alguém nos diga, pois ficamos muito velhos e muito ocupados para lembrar. 

Gaiman é muito famoso no mundo dos quadrinhos pelo massivo clássico Sandman, obra gigantesca e profunda que tomou grande parte de sua vida e dedicação nesta mídia. No entanto, não estamos aqui hoje para citar Sandman, gigante em muitos sentidos, mas sim algo muito mais modesto, porém não menos genial. 


No início de sua parceria com a DC Comics, Gaiman escreveu várias histórias curtas para a editora, algumas das quais compiladas alguns anos atrás e lançadas em edição especial pela Panini Books em 2013. Estamos falando de Dias de Meia-Noite. Neste encadernado, encontramos seis histórias escritas pelo autor em suas ocasionais folgas das edições mensais de Sandman, que basicamente ocorriam em horários aleatórios em suas madrugadas – daí o título. Algumas bastante triviais, embora, segundo o próprio Gaiman, uma delas “ainda seja uma das melhores coisas que já escrevi”. Esta uma em questão é uma história de Hellbazer, com ilustrações de Dave MacKean, intitulada Abraço.

AbraçoHold me, no original – é uma história de fantasma. Ponto. Simples assim. Um morador de rua de Londres, que morreu devido ao frio, volta para assombrar o mundo dos vivos. John Constantine está perdido em meio ao seu próprio caos solitário enquanto tenta achar companhia no caos solitário de Londres e acaba se deparando com o espírito vagante, que já causou boa dose de pânico em sua breve carreira como fantasma. No entanto, não são as divagações filosóficas de Constantine sobre sua própria condição, ou o ambiente sempre soturno de Londres, ou a relação entre os personagens e a complexa trama que tornam este pequeno conto tão genial e sensível, ainda que estes sejam pontos positivos na trama, o que a torna especial é a sua simplicidade e, acima de tudo, o seu desfecho. 

A resolução para o “problema do fantasma” é algo que só poderia ter saído de uma mente tão sensível quanto a de Gaiman, e me fez repensar todas essas histórias de fantasma com as quais temos contato hoje em livros e em Hollywood, onde tudo é escabroso e assustador, com criaturas horríveis, implacáveis e impiedosas. Abraço é algo assustadoramente sutil e humano, ligeiramente tolo, e é isso que o torna único. 

Digo “tolo” pois eu fui tolo por não prever este final, você será, todos somos. A resposta é tão óbvia que escapa entre os nossos dedos, mas é, com toda certeza, uma das histórias de fantasmas mais bonitas que eu já li, e uma das minhas favoritas do autor. E eu estou falando de uma história de 24 páginas!

O material completo de Dias de Meia-Noite também digno de nota, mas estas 24 páginas já valem todo o encadernado, pois tenho certeza que, ao fim, você vai se pegar pensando sobre fantasmas e solidão. E isto é algo admirável que Neil Gaiman faz contigo. Ele te faz pensar.


quarta-feira, 23 de março de 2016

O fascinante Egito de Ramsés II por Christian Jacq

By Leticia Sena

"Eu a saúdo, luz que sai das águas primordiais, que aparece no dorso da terra, que ilumina as duas terras com a sua beleza; é a alma viva que chega a existência por si própria, sem que ninguém conheça a sua origem. Atravessa o céu sob a forma de um falcão de plumagem matizada e afasta o mal. A barca da noite está a sua direita, a barca do dia está a sua esquerda, a tripulação da barca de luz está exultante."


Essa é uma saudação ao sol, pronunciada por Ramsés II no livro "A Batalha de Kadesh" de Christian Jacq. É um dos meus livros preferidos, umas das histórias que mais me prenderam e uma das épocas que mais amei visitar. A história é apresentada numa série de 5 livros denominados: Ramsés: o filho da luz, Ramsés: o templo de milhões de anos, Ramsés: a batalha de Kadesh, Ramsés: A dama de Abu-Simbel e o encerramento da série em Ramsés: Sob a acácia do ocidente.

O primeiro livro é o meu preferido, ele apresenta Ramsés de uma forma diferente, bem mais novo, inserido num grupo de amigos onde cada um possui um sonho profissional e uma habilidade e no qual o futuro faraó pouco se destaca.
Vemos nesse começo Set I primeiro preparar o filho secretamente para assumir o trono do Egito, uma vez que tradicionalmente esse encargo deveria ser transmitido a seu filho mais velho, o intrigante Chénar. Além do trono do Egito, Ramsés e seu irmão competem também pela atenção da jovem Iset, a bela.
Aos poucos vemos outros personagens históricos sendo introduzidos na narrativa, como a grande esposa real de Ramsés, Nefertari; o filho do faraó Merneptah e até mesmo o grego Homero.
Os livros foram lançados em 1995, porém, só chegaram em terras tupiniquins em 2005, pela editora Bertrand Brasil.

O que mais me encanta na narração de Christian Jacq é a fidelidade histórica com que ele transmite os acontecimentos da vida do faraó. É claro que existem alguns pontos polêmicos, como a existência de Chénar, a falta de parentesco de Nefertari com Ramsés (para quem não sabe, os faraós se casavam com as próprias irmãs e apenas elas poderiam ser suas grandes esposas reais, uma vez que não existia entre as mulheres comuns, uma que fosse digna de gerar os futuros governantes, já que eles eram considerados divindades), o papel extremamente secundário que a legitima irmã do monarca Dolente desempenha na história, e presença do próprio Homero no Egito dessa época.
Apesar desses fatos, por ser egiptólogo Christian Jacq trás a história informações realísticas de uma forma fácil e gostosa de acompanhar. É muito simples se apaixonar por Ramsés, por Set I e por Nefertari, e mais fácil ainda se imaginar no Egito de 5 mil anos atrás...
O autor Christian Jacq.

Os pontos negativos da série se concentram no fato de que muitas vezes, a narração dar uma certa impressão novelística, pois, muitos dos acontecimentos giram em torno de intrigas para tirar ou prejudicar o reinado de Ramsés. Eu particularmente amo a série, li o primeiro livro diversas vezes, e adquiri pelo personagem principal um carinho que marcou a minha decisão profissional e influência a minha carreira até hoje.

Informações históricas

 

A esquerda a múmia do faraó Ramsés II e a direita a múmia de seu pai Set I
Fonte                                                                           Fonte

Ramsés II foi o segundo faraó da décima nona dinastia (única informação histórica correta presente no filme A múmia, de 1999 escrito e dirigido por Stephen Sommers e estrelado por Brendan Fraser, Rachel Weisz, John Hannah, Kevin J. O'Connor e Arnold Vosloo), um dos mais conhecidos, ricos e poderosos dos faraós. Morreu com 86 anos e governou o Egito por quase 67.
Em seu reinado cunhou-se o primeiro tratado de paz que se tem história, estabelecido entre o egípcios e hititas (considerada outra grande potência da época), após uma das batalhas mais épicas da antiguidade: a famosa batalha de Kadesh.
Seu amor pela esposa Nerfertari foi eternizado em várias homenagens pelo Egito afora, inclusive no templo dedicado a mesma Abu-Simbel.
Seu pai Set I, foi o primeiro a adotar o nome do deus egípcio do caos, pois acreditava ser forte o suficiente para controlar a força do mesmo.
Os dois foram governantes muito poderosos, ricos e importantes do Antigo Egito e seu período de governo, foi marcado pelo ápice de força e desenvolvimento dessa civilização.
Espero que tenham gostado dessa viagem pela história e pelo Egito antigo. Até a próxima melons!

sábado, 19 de março de 2016

Woodkid

By Michel Zaneli

Olá leitores do 42 balrogs. Hoje gostaria de compartilhar uma experiência musical com vocês. O artista da vez é Woddkid. Para quem não conhece, Yoann Lemoine nasceu na França, tem 33 anos e é cantor indie, além de compor músicas para outros artistas e dirigir alguns clipes seu repertório é cheio de sentimentos ligados à solidão, amor, busca pelo sonho individual, reconhecimento e a própria experiência de vida.
Apesar de só ter lançado um disco com 14 faixas o sucesso de The Golden Age (2013) é tão grandioso que ganhou diversos prêmios na Europa na ocasião de seu lançamento, o fato de que os clipes são dirigidos por ele mesmo trás cada vez mais o sentimento que o artista quer mostrar ao telespectador, mesmo que por enquanto só tenhamos três deles numa saga de videoclipes e não tenhamos notícias das futuras continuações. Todos eles vêm acompanhados de uma fotografia brilhante com detalhes incríveis trabalhados no simples preto e branco.
O primeiro deles é a música Iron, que mostra o conflito de várias tribos (que a meu ver parecem representar várias ideologias étnicas) e um sacerdote tentando trazer de volta à vida uma criança.

Iron

O segundo mostra este mesmo garoto correndo atrás de seus sonhos e fugindo do mundo cruel no qual estamos inseridos. Pra mim esta é a melhor música do artista e também um dos melhores clipes, os efeitos, detalhes e a ação desenrolada no vídeo empolgam muito.

Run Boy Run
O terceiro e último mostra o fim do sonho infantil, onde o sacerdote parece estar num funeral, e depois, este personagem enfrenta seu interior, onde a pressão é tanta que este se afoga nas incertezas sem a luz da vida. O interessante dessa música é que nela temos pistas da opção sexual do cantor, já que a música é dedicada a um homem que ele ama, porém, isso não muda em nada a grandiosidade do artista, pelo contrário, o respeito ainda mais por ter a coragem de mostrar quem ele é ao mundo.

I Love You
Para quem viu o trailer do jogo Assassin’s Creed: Revelations para Xbox-360 /PS3 e pesquisou a música do clipe automaticamente descobriu que ela é a própria música Iron do Yoann, que foi meu caso. Rapidamente a música grudou na mente e comecei a fuçar atrás de mais títulos do cantor.
Veja o trailer lançado em 2011 e sinta o quanto a música se encaixa com o contexto do game, isso foi o que mais me impressionou:


E atualmente sua música também fez parte da trilha sonora do filme Insurgente.
Espero que vocês tenham gostado da matéria e curtam ainda mais o trabalho desse incrível artista, com estilo único vai cativá-los.

Um grande abraço!

quarta-feira, 16 de março de 2016

A Força entre o deja-vù e o mistério: coincidentemente...

By Tad Sena

A expectativa pelo lançamento de Episódio VII – O Despertar da Força era gigantesca, principalmente, além da apresentação de novos personagens que atribuiriam uma nova dinâmica à série e renovariam o universo Star Wars, pelo retorno de antigos e consagrados ícones da franquia. De repente, personificou-se um saudoso e maravilhoso deja-vù onde ressurgiriam triunfantes Han Solo, Lea, Chewbacca e, o mais esperado e celebrado de todos, Luke Skywalker, o último Cavaleiro Jedi, responsável pela queda do Império Galáctico e redentor de seu pai, Anakhin Skywalker, por fim recuperado da figura dantesca de Darth Vader. A ansiedade, decerto, tinha dimensões galácticas e cada dia de espera durava mais que o congelamento de Solo em carbonita.

Curiosamente, o deja-vù foi além disso. Tínhamos, como em Uma nova esperança, a busca de um personagem misteriosamente importante, exatamente como Ben Kenobi em Tatooine, que guardava um importantíssimo segredo que poderia subverter todo o contexto político da galáxia, oculta tais informações num droide, como fora com R2-D2, que coincidentemente é deixado à própria sorte num planeta deserto, acaba parando nas mãos de um dos protagonistas da trama que coincidentemente, desconhece sua linhagem e desenvolve misteriosa e coincidentemente os poderes da Força sem sequer passar pelo árduo treinamento pelo qual os Cavaleiros Jedi passam desde que são pequenos padawans. Ou os planetas do universo Star Wars são muito pequenos ou as microlidians trabalham ocultas para que a Força encaminhe e os reúna os protagonistas.
Temos ainda um sith que ainda não terminou seu treinamento e, para isso, precisa eliminar alguém importante para si – Vader a Obi-Wan, Kylo Ren a Solo – e um líder supremo que aparece apenas em holograma! O Grande Mestre Jedi encontra-se exilado – Yoda em Dagoba, Luke no incógnito planeta do primeiro templo Jedi que, coincidentemente, são extremamente úmidos! A Starkiller inequivocamente é um upgrade da Estrela da Morte e destrói, apenas para exibição de poder, um planeta importante, causando enorme comoção na galáxia, Coruscant, bem como fora Naboo no Episódio IV – e me pergunto como, depois da queda do Império, a Primeira Ordem encontrou recursos para criar e construir uma arma maior e mais poderosa, além de não se fragmentar, uma vez que o Imperador, que era o ponto de convergência de toda a sua rede administrativa, havia sido derrotado (mas aspectos políticos e econômicos da queda de Palpatine são tema para outros textos...)


Entre tantas coincidências, resta-nos esperar pelo mistério. Esse recurso narrativo, do presente de histórias incógnitas, de fatos pouco explicados e entrecortados de digressões coincidentemente também já foi utilizado em Uma Nova Esperança, onde um desconhecido Darth Vader surge de entre a fumaça dos disparos dos Stormtroopers questionando que “se era aquela uma nave diplomática, onde estaria o embaixador...?” A esperança – Uma nova esperança? – é que, entre todos os flashbacks de O Despertar da Força, apareçam trajetórias originais que catapultem o agora aguardado Episódio VIII ao desconhecido, como o Dagoba de Yoda ou a Cidade das Nuvens de Lando Kalrisian. A expectativa está em saber quem é Rey que, como Luke outrora, vive num planeta marginal e convive com contrabandistas e é, quase por acaso, envolvida na luta contra o Império – não é à toa que a Millenium Falcon estava em Jakku, como estava em Tatooine. Esperemos que a Lucas Film, agora subsidiária da Disney (?) nos guie pelos meandros da Força como outrora fez George Lucas na aclamada trilogia original e que toda a nossa paciência e ansiedade não seja malograda como em A Ameaça Fantasma. Sim, certamente, alguém perderá a mão e a terá substituída por uma prótese biônica, mas não há como falar em exaustão criativa numa franquia que não lança nada desde A Vingança dos Sith
May the Force be with us.

segunda-feira, 14 de março de 2016

And then there were none

Inglaterra, 1939. Oito pessoas completamente desconhecidas entre si recebem correspondências do Senhor e Sr.ª Owen, convidando-os à Soldier Island, ilha na costa sul de Devon onde uma festa seria dada para amigos em comum de alguns convidados, já a outros, é requisitada a prestação de serviços profissionais. Na data marcada, os oito estranhos dirigem-se à ilha e encontram o casal de criados dos Owen, Senhor e Sr.ª Rogers, que os informam que os patrões, devido a um contratempo, não estarão em casa para recepcioná-los, mas que deverão estar de volta muito em breve. Após estabelecerem-se em seus quartos, todos encontram-se à mesa para o jantar, após o qual uma estranha gravação vinda de um gramofone nomeia todos os presentes – inclusive o casal de criados – acusando-os de crimes cometidos no passado, pelos quais passaram impunes. 

Indignados e amedrontados pelo que acabaram de ouvir, a vontade de deixar a ilha o mais breve possível torna-se unânime. Porém, o único modo de voltar ao continente é através de um barco, que vem todas as manhãs para trazer provisões para a mansão de Soldier Island, mas que encontra-se impossibilitado de chegar ali devido ao mau tempo, o que deixa as dez pessoas presas na ilha sem poder sair ou pedir ajuda enquanto algo ou alguém faz a justiça cair sobre eles conforme um misterioso poema afixado no quarto de cada um. Conforme os assassinatos vão ocorrendo, fica evidente que um deles é o responsável e o medo e a desconfiança tornam-se cada vez maiores.


And then there were none – algo como “E então não sobrou nenhum” – é uma minissérie em três capítulos produzida pela BBC, que foi ao ar no fim de 2015; a trama é baseada no livro Ten Little Niggers, de Agatha Christie, publicado originalmente em 1939. O nome pode parecer familiar aos amantes da literatura devido à recente discussão sobre seu título ser ou não preconceituoso – devido à palavra nigger, termo pejorativo usado para designar indivíduos de etnia negra. Não entraremos nesta discussão aqui, pois destoaria do propósito desta postagem, mas a própria equipe por trás da série decidiu substituir o termo por soldier. Pense sobre. 

Alguns rostos conhecidos do público encontram-se entre os atores, como Sam Neill, nosso querido Alan Grant de Jurassic Park, e Aidan Turner, o não tão querido Kili de O Hobbit. (É uma série inglesa, então você provavelmente já viu todos eles em alguma outra série/produção inglesa...) A tensão e o mistério se fazem presentes desde os primeiros minutos do primeiro capítulo, e só aumentam conforme a história avança e os personagens se desesperam para salvar suas vidas e descobrir quem é a mente por trás dos meticulosos e assustadores eventos de Soldier Island. Uma das tramas mais aclamadas da Dama do Crime encontra uma angustiante adaptação, impossível de se largar, recheada de mistério, horror e da pior faceta do ser humano.


quarta-feira, 9 de março de 2016

Socrates in Love - O Amor Sobrevive ao Tempo.

Já faz algum tempo que li um mangá chamado Socrates in Love - O Amor Sobrevive ao Tempo.
Não me lembro ao certo como conheci, mas fiquei interessado quando li que foi baseado em um best-seller japonês chamado "Sekai no Chuushin de Ai wo Sakebu", de Kyoichi Katayama, que ao ler um livro de filosofia viu uma frase "O amor é um tipo de violência que obriga as pessoas a pensarem". 


Mesmo sabendo que o autor havia escrito após ter lido um livro de filosofia, e visto tal frase, ainda achava que seria apenas um romance como outro qualquer. 

O mangá conta a história de um casal de adolescentes que se conheciam no colegial, e que foram se aproximando até se apaixonarem um pelo outro, entre outros acontecimentos. Não acho que devo falar mais sobre, pois não quero dar "spoiler". Mas saibam que no próprio mangá há um relato do desenhista Kazumi Kazui, a partir do meio da história não conseguia mais desenhar sem chorar (tenho que confessar que depois de uma cena foi difícil conter o choro).


Bom até o momento é isto o que posso falar, me esforçarei nos próximos posts, estou planejando até em fazer alguns projetos (tipo Pandora Box do Saint Seya),  então até mais Jovens.


segunda-feira, 7 de março de 2016

Análise de menina: Sombras de Mordor para XBOX 360

By Leticia Sena

"Nós vamos ser muito respeitosos com o material, vamos nos inspirar na obra", disse Christian Cantamessa, roteirista do jogo, ao site da revista Game Informer em 2013. "Mas será a nossa visão dessa saga".

Acho que “inspirar” é de fato a palavra mais correta. Embora a história seja muito bem trabalhada, e a jogabilidade do game esteja muito perto do desejoso impecável, fica bem claro que a Warner não tem todos os direitos da obra de Tolkien. Vemos isso com clareza no jogo quando percebemos que alguns dos inimigos se parecem muito com as descrições de criaturas feitas na obra do professor, porém, são nomeadas de forma muito diferente como é o caso dos Wargs dos livros, em relação aos Caragors do jogo.

A cronologia da história se passa na Terra-Média entre o livro O Hobbit e O Senhor dos Anéis, onde você tem a oportunidade de jogar com um “guardião genérico” chamado Talion, cuja família foi assassinada por um general de Sauron chamado Mão Negra em um ritual que aparentemente de forma acidental trás Talion de volta a vida, porém, com uma estranha ligação com um grande senhor élfico, cujo nome eu não revelarei, pois, é uma das coisas que dão um tom de mistério sobre boa parte do jogo.
Fonte                                                           Fonte

Pode-se perceber que os comandos do jogo são bem parecidos com o da série Batman Arkham, os personagens são facilmente controlados com movimentações bem simples. Embora não pareça, o jogo tem um nível de dificuldade bem interessante. O que deixa a experiência ainda mais emocionante é o sistema de pirâmide feito para organizar o exército de orcs, cada vez que Talion é morto por um orc, por mais simples que ele seja, a patente deste aumenta.
O jogo na verdade tem muitos dos aspectos dos filmes, existe uma cena específica que nos lembra muito o “exorcismo” de Théoden em As duas torres.
O que torna a história ainda mais interessante é o fato de você não saber exatamente o que aconteceu com Talion, nem o que vai acontecer quando este finalmente se encontrar com famoso Mão Negra.

Os momentos de descontração dentro do jogo estão ligados principalmente à exploração do cenário ao melhor estilo mundo aberto, o recolhimento dos itens, que são de dois tipos, ambos muito interessantes, um deles chamado de ithil que na verdade são as inscrições e os desenhos de um belo mural élfico. E o segundo tipo são antigos artefatos contendo memórias que ajudam a contar a história da Terra-Média e do jogo e todos esses itens estão muito bem marcados no mapa. É possível ainda fazer melhorias nas armas, pois, cada general orc morto disponibiliza uma runa nova que trará melhorias a espada, adaga ou arco e você ainda pode abrir mais espaços para runas em seu armamento usando os pontos de XP ganhos a medida que se recolhe os itens no cenário.
Os itens de recuperação de vida estão por conta de pequenas plantas espalhadas pelo cenário, algumas fazem de fato parte do universo de Tolkien, enquanto outras ficaram por conta da criação dos produtores do jogo.

O game ainda conta com uma ótima dublagem e citações emocionantes (para quem está familiarizado com a obra de Tolkien), de grandes e importantes personagens como por exemplo Morgoth, ser sobrenatural a quem Sauron seria subordinado, apresentado no livro O Silmarillion.
E para quem tem o pé atrás com jogos da nova geração que saíram também para a antiga, vai aqui o meu alerta: as únicas diferenças entre o jogo do XBOX 360 para o jogo do PS4, por exemplo, é uma pequena melhoria gráfica, e o loding, que na nova geração é um pouco mais rápido.
Infelizmente ainda não consegui chegar ao final do game, apenas, em função das correrias do cotidiano e da maternidade que diminuíram meu tempo de gameplay, mas a jogatina tem valido muito a pena, e o jogo se mostra viciante de tal forma que é possível passar um dia inteiro jogando e não se cansar.

Mesmo sendo fã ferrenha de Tolkien e enxergando no jogo suas muitas irregularidades em relação aos escritos do autor, achei o game muito bom. Na verdade muito superior a todos os outros que já tinha visto tentarem abordar esse tema e esse universo. Disponível para XBOX 360, XBOX ONE, PS3, PS4 e PC.
Espero que tenham gostado. Até a próxima Mellons!